
Um esposo foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que já não amava sua esposa, que pensava em separar-se. O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma palavra:
- Ame-a. E logo se calou.
- Mas já não sinto nada por ela!
- Ame-a. Disse-lhe novamente o sábio.
E diante do desconcerto do senhor, depois de um breve silêncio, disse-lhe o seguinte:
- Amar é uma decisão, não apenas um sentimento. Amar é dedicação e entrega. Amar é um verbo, e o fruto dessa ação é o amor. O amor é um exercício de jardinagem. Arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. Esteja preparado, porque haverá pragas, secas ou excessos de chuvas mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame seu par, ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê afeto e ternura, admire e compreenda-o. Isso é tudo. Ame!
A inteligência sem amor o faz perverso.
A justiça sem amor o faz implacável.
A diplomacia sem amor o faz hipócrita.
O êxito sem amor o faz arrogante.
A riqueza sem amor o faz avaro.
A docilidade sem amor o faz servil.
A pobreza sem amor o faz orgulhoso.
A beleza sem amor o faz ridículo.
A autoridade sem amor o faz tirano.
O trabalho sem amor o faz escravo.
A simplicidade sem amor o deprecia.
A oração sem amor o faz introvertido.
A lei sem amor o escraviza.
A política sem amor o deixa egoísta.
A fé sem amor o deixa fanático.
A vida sem amor... Sem amor ela não tem sentido.
Helga Kepler Fanini
Extraído da Revista Visão Missionária – 2T04