Poema da virgem

Lembro quando te senti pela primeira vez.
Tudo não novo,
Tão incerto.
Eu só tinha a palavra de um ser alado.
E o medo de não saber bem o que fazer.
Confesso que esperei algo além dos enjoos,
E foi o que aconteceu.
Depois os “chutes”,
Os toques
E o despertar do amor.
Assim nossa relação mudou.
Já não eras Deus
E sim meu filho,
Que crescia em mim
Em alegria e sonhos.
Agora te tenho em meus braços.
Tão pequenino, tão Deus.
Tão simples, tão divino.
Tão lindo, tão meu.
Mas ainda assim,
Tenho consciência que terei que ver-te,
Também nos braços das mães que perderam seus filhos.
Nos braços daquelas que foram privadas do ventre materno
Ou mesmo das que desprezam seus frutos.
Porém, esta noite... Só esta noite...
És só meu.

Ubirajara de Oliveira Santana
Extraído da Revista Desafio Missionário 4T12

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