Noite de surpresas

Após a refeição, ali na praia, Jesus aproveitou o clima daquele jantar íntimo para falar ao coração. Seria um momento de reflexão e compromisso.

Com ele estavam sete dos seus discípulos, todos cansados de puxar a rede com mais de uma centena de peixes. Com a roupa toda molhada, Pedro preferiu ficar perto da fogueira, talvez porque a sua consciência estivesse pegando fogo... Afinal, por três vezes ele havia negado dizendo que não conhecia Jesus.

Agora, Pedro teria de encarar a verdade e ele não sabia o que fazer. Engraçado é que anteriormente, ele havia garantido que se fosse preciso daria a sua própria vida pelo Senhor. Aliás, eu sempre fico preocupado quando ouço certas promessas. Cuidado para não permitir que a emoção neutralize a razão, principalmente quando fizer uma promessa a Deus. Imagine só a cara de Pedro naquele momento! Sinceramente, depois de um fracasso atrás do outro, nada mais lhe restava senão sentar em silêncio e olhar para as ondas do mar.

Mas, a noite estava só começando. A surpresa veio quando Jesus olhou para Pedro e por três vezes lhe fez a mesma pergunta: “Você me ama?” Pedro responde duas vezes dizendo que Jesus sabia o quanto ele o amava. Na terceira vez, “caiu a ficha” e Pedro sentiu que a hora de encarar o seu erro havia chegado e ele precisava fazer uma nova profissão de fé. Sem rodeios, ele deixa de lado o amor superficial, eu gosto “fileo” e parte para o “ágape” – “Senhor”, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo” (]o 21.17).

Este amor incondicional de Pedro a Jesus é divino e aquece o coração do Senhor. O discípulo, sentindo-se perdoado, ouve que o seu ministério, pastoreando as ovelhas de Jesus, seria coroado com o sacrifício da sua própria vida, como um exemplo pleno de glorificação a Deus (]0.21.18-19).

Pastor Ebenezer Carlos
Extraído da Revista Visão Missionária, 3T13 – UFMBB.

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